terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O Bosta: Efetivamente no Amapá

O Bosta: Efetivamente no Amapá: Minhas Crônicas Seis horas da manhã, ano 1982. Eu acabara de levantar quando minha mãe me fez o primeiro pedido do dia! - Meu filho tom...

Efetivamente no Amapá

Minhas Crônicas

Seis horas da manhã, ano 1982. Eu acabara de levantar quando minha mãe me fez o primeiro pedido do dia!
- Meu filho toma logo o teu café e abre o comércio, hoje é segunda e talvez o pessoal que me deve, resolva vir pagar suas contas!
Meu pai tinha arrendado uma mercearia com a indenização que recebeu dos sete anos que prestou serviço naquela companhia que foi a responsável pela morte do Rio Araguari, a ICOMI. Macapá já era apelidada de “A cidade jóia da Amazônia” e era bem diferente do que é Hoje. Tínhamos no Bairro Santa Rita a nossa imponente praça de nossa senhora de Fátima que aos meus olhos, era majestosa... Com um detalhe! Só tinha poeira e uma arquibancada de madeira quase que todo tempo quebrada; a mercearia que eu me referi no primeiro parágrafo ficava na Avenida Padre Julio esquina com a Hildemar Maia e todos os dias a paisagem da praça era a primeira que eu via pela fresta da porta daquele ponto comercial.
Nesta época o transporte em Macapá era feito pelas empresas: Canário do Amapá e Estrela de Ouro que por sua vez tinha ônibus que eram verdadeiras sucatas, não muito diferente de hoje. O povo de Macapá era tão ingênuo que nunca se manifestou contra esses empresários do transporte coletivo da minha cidade.
Os militares ainda se exibiam diante da população correndo todo dia, gritando palavras de ordem, eu não gostava deles, aliás, eu não sabia que tudo o que acontecia nos anos que antecederam ao referido, era a ditadura militar, porém, eu era criança e achava tudo aquilo muito bonito. Com o passar dos tempos fui entender que tudo aquilo não passava de uma grande palhaçada!
Muitas coisas estavam mudando. Uma das minhas diversões era passear em frente ao Chapéu de Palha (Bares e boates) à noite, claro que cedo da noite,para ver algumas raparigas se exibindo para seus clientes. Na minha época ninguém chamava as mulheres que vendiam seus corpos por dinheiro de prostitutas, ou outro nome qualquer, existia respeito, mulher de vida fácil na minha época era chamada de rapariga! Que é nada mais nada menos o feminino de rapaz.
Na mercearia da minha mãe vendia muitas coisas gostosas, tinha suco de coco, caldo de cana, suco de taperebá, pastelão, Coxinha... Essa era horrível, só era óleo!
Minha mãe era muito educada ao atender seus fregueses, como ainda é ate hoje.
Naquele ano o Brasil disputou a copa do mundo de futebol, sendo considerada a melhor seleção de todos os tempos, é claro depois da de 70... Opa! Eu não vou, mais falar daquela copa, já estou sentindo raiva dos italianos!
Vou voltar a Mercearia santa Rita que era freqüentado por pessoas de todas as classes. Certa vez, depois de ajeitar as cadeiras e banquinhos que eram usados pelos clientes, um senhor, já de cabelos embranquecidos entra naquele recinto, com a voz meio trêmula, me chama atenção ao fazer seu pedido.
-Por favor, meu pequeno jovem, me veja um suco de coco!
-De um cruzeiro ou de um e cinqüenta?
- Do maior!!
-Pois não !!
O senhor depois de degustar aquele delicioso suco de coco, puxou uma carteira de couro bege aonde deu pra ver nitidamente o desenho de uma ancora e duas palavras que diziam: Marinha do Brasil, logo em seguida aquele bom homem depois de pagar sua conta se despediu dizendo essa cidade é muito bonita e efetivamente eu vou morar aqui por um bom tempo... Vocês sabiam que não demorei muito eu fui ver aquele bom homem na televisão e qualquer semelhança com esse velhinho não será mera coincidência.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O mão de osga

Convite
Convidamos você eleitor e sua família para participar de um jantar que terá duração de quatro a oito anos, e na oportunidade serão servidos um cardápio diferenciado regados a mentiras, tapas na costa, gargalhadas, roubos, muita mulher para mim, bebidas importadas etc...
Discutiremos também assuntos referentes às divisões dos lucros obtidos dentro das Secretarias de Estados e Municípios. Se você é um cara que não fala muito, não reclama de nada, não é um cara polemico, gosta de ser elogiado por mim mesmo que você não tenha feito nada, traga seu titulo e venha participar deste ato de solenidade Sodomita. Que terá inicio oficialmente no dia três de outubro, não sei que horas, mas não esqueça seu titulo!
De: Um Político mal intencionado
Para: Um Eleitor mal informado.
AUTOR: M. FERNANDES

A mentira

POVO INVENTA E AUMENTA

-Hei Pedro, o José morreu!
-De quê?
-Um mamote o bateu!
-Hei Manoel, o José morreu!
-De quê?
-De acidente de moto!
-Hei Felipe, o José morreu!
-De quê?
-De acidente, uma moto partiu ele bem no meio!
-Tu sabias que o Pedro morreu Carlos?
-Como foi?
-Ele estava bêbado e achou de funcionar
a moto serra, ele funcionou, mas ele caiu por
Cima dela e ziiite, ela o cortou bem no meio.
-Hei Raimundo, tu sabias que o José morreu de Sinusite!
-Como já rapaz?
-Ele estava bebendo, choveu, ele achou de se proteger da
Chuva na calçada da igreja, de repente.
O sino zite na cabeça dele.
Moral da estória, José está por ai, não morreu.
De coisa nenhuma, pode estar até mesmo digitando uma
Estória com H maiúsculo, não devemos acreditar em tudo que o homem
Fala, pois por onde o homem passa tudo se torna ferrugem.

Autor: M.Fernandes

Tábata

UMA DECISÃO DE DEUS
Num belo dia, acho que Deus não estava tão irritado.
Com seus filhos, pois em um ato de bondade para comigo, no dia três.
De março de dois mil, Deus fez a Tábata e me deu, e viu que foi bom.
Mas tudo seguia tranquilo quando de repente Deus estava precisando de
Um soldado para aumentar seu sofisticado exército de Anjos, foi quando.
No dia vinte e dois de março Deus levou o meu Pai, o velho burrinho, e viu que foi bom.
AUTOR: M. FERNANDES

Eu

ESCUTEI NA FEIRA.

Hei, veja um quilo de feijão seu João.
Me da um pacote de tabaco seu Olegário.
O peixe apodreceu seu Bartolomeu.
Veja um quilo de charéu seu Manoel.
Sai, sai cachorro miserável.
Me da uma moeda pra eu comprar uma dose.
Olha o DVD, é pirata!...
Tá tudo muito caro seu Macário.
Me da um cigarro.
XÔÔÔ..., XÔ, XÔ.
Lá vem o Ivan.
Sai daí cara lho.
Eu achei um cabelo na comida do Anacleto.
O Jucy ta morto de bêbado.
O Alderi passou aqui falando asneira.
Tu vai levar uma terçada.
Olha o Açaí.
Me da um cigarro.
Flamengo ganhou.
Eu almocei com o prefeito.
Oi dona Maria preta.
A Nair não me quer, mas.
Moço me da um cigarro.
Ela é professora.
O muro vai cair.
Au, Au, Au.
Da umas tapas na cara dele.
Eu to com verme.
Olha o açaí
Me da um cigarro seu moço
Quanto é o teu programa
Coof, Cof, Cof, Cof...
Oi seu capal.
Oba gente boa.
Lavem a professora.
Paga uma dose.
E assim vão se passando os dias na feira.

AUTOR: M. FERNANDES


NO MEIO DO MUNDO

Aqui eu enxergo o mundo pra todos os lados.
Daqui eu vivo sorrindo para o meu criador
Aqui eu escuto o grito do Brasil sofredor.
No porto sem porto eu vivo feliz sem amor.
Na terra de risada, na terra de cutiára.
Cheira café a manhã.
Cheira trabalho.
O velho mascando tabaco.
Daqui eu falo com meu criador.
A rede balança vazia.
Parece a curupira.
É o vento que vadia.
Olha que o velho te atira.
Tenha um bom dia.
AUTOR: M. FERNANDES

CAMINHANDO E ERRANDO

A menina que se pintou.
O menino que brigou.
O aluno que não estudou
O velho que traficou.
O pastor que tramou.
A freira que abortou.
O Dr. Que furtou.
A professora que faltou.
O vigia que dormiu.
O gerente que desviou.
O gay que se apaixonou.
O hétero que virou.
O louco-tor que engasgou.
A febre que não passou.
O carro que capotou.
O mendigo que não pediu.
O prefeito que sumiu
O muro de arrimo que caiu.
O bebe que bufou.
A cirrose que te achou.
A polícia que te pegou.
Tu que apanhou.
Deus que te perdoou.
AUTOR: M. FERNANDES



SOSSEGO
Mata de verdes florestas.
Vento que bate no peito e me inspira
No rio que banha o teu olhar.
Estrada que não tem fim
É tu Araguari
Ali, bem aqui.
Estou no Rio Araguari.
Neste rincão do Amapá
Vivo a procura
Manoel e sua amada
Na sua canoa a remar
Bem ali, Bem aqui, estou no Araguari.
Manoel tranquilo na roça
Silvia sai pra despesca
Enquanto as crianças brincando
No rio a banhar.
Bem ali, Bem aqui, banhando no Araguari.
Segunda e terça se vão
Quarta e quinta também
O relógio velho se quebrou, não serve, mas pra ninguém.
O sol que marca meu tempo
A lua nova me guia
Meus passos e meus pensamentos
E assim se passam os dias
Ali, bem aqui, eu vivo no Araguari.


AUTOR: M. FERNANDES

Eu x Alcool

O ÁLCOOL E EU

Querera eu ter essas qualidades quando eu tinha a idade de vocês, jamais teria um dia saído de casa para dar ouvido a quem tinha um futuro já destinado ao alcoolismo, eu sempre me colocava na posição de, o supra – sumo, achava de mais, ninguém achava nada, mal eu sabia que eu não passava de um monte de merda, Fantasiado de jovem e que hoje está aqui lendo esta carta, tentando mostra para todos vocês que podemos ser diferentes.
Eu tenho vontade de contar uma estória pra vocês que começou + ou - a vinte e sete anos atrás, quando eu coloquei pela primeira vez bebida alcoólica na minha boca, só que não posso, pois perdi vinte e sete anos de minha vida e fiquei sem historia. Hoje estou lutando contra a bebida alcoólica há três e cinco anos e cinco meses , e todo mundo me pergunta por que eu estou passando por esta luta que por sinal estou achando ate legal, eu respondo, quando eu vejo um bêbado passando eu vejo o reflexo de minha pessoa nele, e tem outros fatores, o bêbado.
Sempre quer ter razão ele acha tudo e ninguém acha nada, o bêbado não tem um bom desempenho nas coisas que faz o bêbado sempre tenta fazer um Eli (letra L) mesmo sabendo que vai quebrar a cara, o bêbado manipula as pessoas, pede dinheiro de quem não conhece,dorme mal, perturba os outros com conversa sem nexo, muitos de nos não sabemos quando estamos sendo inconvenientes, pois todos os segundo que estamos sobre o efeito do álcool nós perdemos a noção do que é ridículo. Se você já me observou estou usando a palavra nós porque eu apesar de estar afastado da bebida me coloco na mesma situação, pois não existe o ex-viciado, existe o viciado afastado.
Eu não entendo como pode ter pessoas que fazem apologia à bebida, certa vez o pai e o filho chegaram a uma cidade desconhecida e ficaram deslumbrados com a beleza que avistaram, quando um convidou o outro para tomar umas biritas em um boteco,tomaram todas e acabou que o pai saiu bêbado por uma porta e o filho por outra, o filho logo saiu à procura do pai, de repente seu filho virando a lata de lixo disse:
-Olha uma bunda boazinha jogada no lixo, eu vou já comer!
De tão bêbado o filho não percebeu que seu pai resolveu tirar uma soneca justamente ali naquela lixeira.
Muita gente fala que cachaça não deixa ressaca, isso é verdade! Ela deixa coisa pior, tipo, mau hálito, insônia, tremedeira e o descrédito da família, se você gosta de tomar todas e quer se afastar do álcool, o primeiro passo é se afastar daqueles que supostamente dizem serem seus amigos, você lembra-se das últimas horas que você estava com seu melhor amigo bebendo cachaça, tenho certeza que muitos de vocês não lembram, mas com certeza lembram da hora que vocês acordaram arrependidos por terem ingerido álcool, pois, é vocês em vez de tomarem uma atitude, vocês estão lendo e procurando uma forma de provar que eu estou errado, isso tudo é porque dentro de vocês existe algo que dá a sensação de OMEGA, não quero ser chato, só quero dizer que não temos muito tempo, o que passou pra mim já foi perdido e o que vem pertence ao meu melhor amigo, por tanto não quero perder essa batalha.
AUTOR: M. FERNANDES